quinta-feira, 18 de março de 2010

Balangandã

Iluminando as trevas de minha vida
Encontras-te mesmo sem saber
Enchendo de beleza e doçura
Tornas sempre mais lindo meu viver

Pesadelo hoje é adormecer longe de ti
Sem teu calor pra me aquecer
Sonho é acordar ao teu lado
Sem ter que dele depois sair

Há de chegar afortunado momento
Em que seremos só um
E tal qual gineceu e androceu
Sigamos o divino destino

E seja na magnitude da aurora
Ou na sábia aquiescência da alvorada
Apertemo-nos ainda mais nossos abraços
E no eterno silêncio do passar dos tempos

Acertemos profundamente nossos passos
E na amplidão infinitamente finita do universo
Simplesmente entendamos o que é viver
E o que é amar

Fábyo R. Bayma
18/03/2010 14:02

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ainda lembro daquele dia que te vi
Vinhas num caminhar tranqüilo
Quase soprando cantigas ao vento
Flutuando sobre pétalas de incenso

Ao longe vi tua sinuosa amplitude

Quando olhaste pro lado, me fitaste
Pude sentir o cheiro das tuas canções
Congelado, derreti. Fiquei sem haste
Aprisionei em mim teu pulso e andamento

Não compreendes o quanto ficaste em mim
Sequer lembras que um dia passaste por ali
Certamente, quando um dia cessar teu canto
Apenas dentro de mim encontrarei recanto

Hoje olho praquele caminho por onde vinhas
Nem a sombra do teu cheiro me leva a ti
Não entendo pra onde seguiste indo daqui
Mas, levaste contigo o aninho

O singelo carinho
O amor e o suspiro
Que um dia, mesmo sem saber
Mesmo sem querer

Ficou cativo em mim

Fábyo R. Bayma
03/03/2010 18:30