quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Jardim

Quero uma casa com jardim
Um espaço de paz e calma
Em que os passaros cantem para mim
E que exale bem forte o perfume do jasmim

Quero preguiçosas cadeiras
E uma mesinha redonda posta assim...
Quero de perto ver roseiras
Bem de pertinho o alecrim

Quero chá, café ou chocolate
O que mais doce for e você para fazê-los assim...
Um gato dorminhoco e um cão que baixinho late
Biscoitos, torradas ou saboroso quindim

Tudo bem de pouquinho
Pra ser só um instantinho
O tempo que passarias longe de mim

Quero sentir fresca brisa perfumada
A profusão de perfurmes inebriantes
Emoldurando teu sorriso de alvorada

Caso seu olhar, por qualquer motivo, marejasse
Lançaria cálidas súplicas às flores
Pra que se fechassem e cessassem os olores
Pra que só você nesse meu universo imperasse



Para minha Roberta, com amor.

Fábyo R. Bayma
12/11/2008 09:25

terça-feira, 21 de outubro de 2008

MSN

Sinto saudade não sei nem de que
Leio e releio as mensagens do msn
Pedaços desconexos: idiotia
Passo meus dias sentado vendo quem passa
Inércia absoluta a pleno vapor
Quem entra? Quem sai? Que diferença faz?
Negando fatos irrefutáveis
Demência diante da inevitável sentença
Leio e releio: nada dito em tanto escrito
Sobe e desce: de fato, ninguém entra ou sai
Lembro do que nem sei se viví
Tendo decodificar o indecifrável
Leio e releio: nada falo, nada é dito
Diálogos virtuais: tudo e nada dito
Ditado imprecisos de inteções obscuras
Distância, proximidade, sonhos e ilusões
Sobe... nada de novo
Desce... que diferença faz?
MSN: grande bosta sem sentido.


Fábyo R. Bayma
21/10/2008 11:24

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Quarto

Do quarto ao lado só ouço o silêncio:
A cama arrumada;
Os lençóis dobrados...
Imaculados;
A rede desatada;
A televisão emudecida;
O vendo que passa sem ter no que esbarrar.
A ausência, triste fio que amarra minha angústia
Prende minha incompreensão à minha tristeza
No quarto ao lado não há som algum
Não há nada...
Só o silêncio fazendo ecoar a realidade soturna da solidão

Fábyo R. Bayma
20/10/2008 22:59

Enclausurados

Foi-se o tempo do lamento
Sinto o suspiro que enche o peito
A sensação arrebatando a alma
O perfume que preenche os sentidos
E a calma que transborda sobre o mundo

Tranquilamente adormecemos
Sobre a colcha de retalhos que compomos
Sem escolha, sonhamos e buscamos
Sem saber o que, quando ou por quê
Nos chocamos com abismos oníricos
Ornados com jasmim e fios de lã
Tropeçamos em troncos de realidade
Em breves momentos de consciência
Acordamos, fitamos um ao outro
E optamos por continuar longe da vigília
Optamos por sonhar!
Sozinhos, enclausurados
Entorpecidos pela escuridão amorosa
Tendo apenas nossos corpos
No “achados e perdidos” que é nossa cama

Fábyo R. Bayma
20/10/2008 8:20

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Amêndoas

Doces amêndoas fulgurantes
Saborizam o perfume floral
Que emana teu sorriso

E se deságuam meus olhos
Os caramelos pincelados
Beijo teu
Rebuliço em minh’alma
Não sou mais meu

Há muito sou do amor
Que há tanto não vinha me visitar
Mas hoje está e veio pra ficar

Amor meu

Fábyo R. Bayma
14/10/2008 8:30

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Inebriado

Cansado de longa caminhada
Sentado em frente ao jardim que percorri
Escolhi a bela flor que fitava o horizonte
Sacudindo ao vento distraída
Sentindo seu perfume me apaixonei
A doçura me encantou
Na vida refez minha esperança
A graça de viver que há muito me fora furtada
Versos arfantes brotam despretensiosos
Escorrem lacrimosos
Com muito cuidado e baixinho
Como sussurros só para não eclipsar
A verdadeira beleza do momento
Que é simplesmente ao lado da linda Flor estar

Fábyo R. Bayma
13/10/2008 8:00