Vi que rolaram minhas opalas sobre a mesa
Descrevendo a trajetória da queda, rodaram no ar
Num infinito segundo perdi as forças
Me senti incapaz de impedir que caíssem
As vi cair
Observando-as, lembrei do quanto me encantaram
De como eram doces seus reflexos multicoloridos
Pensei em quão dolorosa seria a saudade
Em como foram eternos os momentos que as tive
Minhas pedras, agora despedaçadas
Não brilham mais. Apagaram-se.
Meus lamentos sobre os cacos
De nada adiantam. Só me consomem a alma
Martirizam-me o peito os cortes feitos
Com os pedaços afiados dos restos
Sempre lacrimejante, engulo o nó de descontentamento
Com a certeza de que os soluços não poderão ser evitados
Pedras
Recantos
Regaço
Pedaços
Fábyo R. Bayma
02/06/2008 15:57
(Untitled)
Há 8 anos
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