sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Se eu não fosse eu, quem seria?
Seria melhor? Pior?
Me dei conta que poderia estar em qualquer lugar, eu poderia ser o cara que trabalha no banco, o pai que deixava o filho na frente do prédio quando eu passei. Eu poderia ser o cara com a barba engraçada que conversava na vendinha de lanches. Eu poderia ser a mulher que vende dvd's piratas que me cumprimentou na parada de ônibus e eu por pouco não a reconhecia. Eu poderia ser qualquer um, estar em qualquer lugar. Mas não, estou aqui. E, eu "sou" eu. Escrevo e sinto isso, sem ao menos conseguir compreender o mínimo do que isso significa. Afinal, o que sou eu? O que é SER? o que é SER EU?
Pela manhã pensei na música do Simonal que não sai da minha cabeça há alguns e lembrei do professor Walter que um dia me disse que fora influenciado por esse cantor. Ao pensar nesse professor, me dei conta: Ele se foi, viveu, cantou, fumou até morrer. Hoje ele não pensa, não canta, não fuma, não É mais. ELE acabou.
Sempre que paro pra pensar na vida, penso no que preciso fazer, no que quero fazer, no que gostaria ser, no que quero comprar, no que não posso comprar, no que acham que eu preciso fazer, no que pensam de mim, no que SÃO esse "ELES" e quem SÃO? Talvez me falta clareza, competência textual, embasamento teórico para tal análise e até mesmo sanidade, mas, afinal, Se eu não fosse eu, quem eu seria?

Fábyo R. Bayma
26/02/2010 por volta de 10:00

Um comentário:

Unknown disse...

Quanta inspiração meu amor! Gostei muito do seu texto. Serio, muito.