quarta-feira, 6 de julho de 2011

Eu finjo acreditar em sorrisos amarelos
De todos estes o único que ainda me sinto alegrar
É o sorriso amarelo solar
Mas, quando muito olho, ele me queima
Não que os outros não me queimem
Mas queimam muito pouco hoje em dia
Espero que amanhã de manhã queimem menos ainda

Eu finjo que não percebo o desvio de olhares
Sinto que a verdade que os olhares mostram
Não é dura, seca ou doída
É velha, rançosa, sem graça
Mostraria o quanto vazio são seus donos
O quão ocas suas origens
Às vezes, até evito olhar no espelho

Finjo ignorar a repugnante realidade:
Pessoas perdendo oportunidade de confraternizar
Se furtando de um simples olhar
Mas, confesso, elas me ajudam
Me fazem sentir bem já que pouco sinto vontade de falar
Se pouco sinto vontade de saber se de fato estão bem
No fim, acabo fazendo parte
Uma parte de um todo de conjuntos unitários
Um Arkanoide de olhares
Uns destruindo os outros

Fábyo R. Bayma
06/07/2011 09:49

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