terça-feira, 5 de julho de 2011

Indo na contramão eu percebo todos que vêm
Vejo todos, olho como se pudesse cumprimentar cada um
Mas não sei se todos me vêem
Para onde vão, de onde vieram eu não sei
De fato, não quero saber
Pois o enigmático e desconhecido morre no cotidiano de suas vidas
Quando chegam a destinos ordinários

Toda hora vejo o relógio que não cessa
Não pára de contar tudo o que fiz e o que deixei de fazer
Ele não me deixa esquecer de lembrar
A tv, muda, fala mais sobre o nada que mostra
Eu gosto assim, imagino que as imagens que vêm
São de um mundo que não o meu
Um mundo que não é "high-definition"
Que não é de um belo-exato artificial
Quisera eu poder apertar o "mute" quando ando na rua e das pessoas que vêm e vão
Quem sabe assim, andar na rua não seria uma experiência
"surdofônica" e 3D

Fábyo R. Bayma
05/07/2011 10:35

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