Sentado olhando para a rua
Pode-se ver o mundo correr
O constante estado passageiro
Não pára nem pra olhar
Sentir, perceber, constatar
Só o objetivo importa
O impreciso, incerto
Sentado, olha pra rua e vê
Vê todos que se vão e vêm
E todos não o vêem
Não percebem que o inerte
Olha, vê, sente e clama
Entre sussurros e suspiros
Diz oi a quem vai
E tchau a quem fica
Só, sentado, vendo tudo
Tudo que anda, corre
Manca
Todos que falam, gritam
Choram
Tudo que se constrói, ultrapassa
Desaba
Tudo que se deseja, realiza
Desilude
Sentado, pode-se ver o mundo correr
Pessoas, mundos adversos
E sentado, pode-se ver que todos passam
Passam, passam e passam
Fábyo R. Bayma
20/05/2008 14:25
(Untitled)
Há 8 anos